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  • Foto do escritorDra. Thamyse Dassie

Consumo de alimentos ultraprocessados e risco de câncer

Os alimentos ultra-processados contêm pouco ou nenhum valor nutricional e muitas vezes são de alto índice calórico, ricos em sal, açúcar e gordura, pobre em fibras e passível de consumo excessivo. Além da presença de contaminantes do processamento industrial com propriedades carcinonogênicas.


O Reino Unido e EUA são os líderes em consumo de alimentos ultra-processados excedendo 50% da caloria diária consumida. O alto consumo desses alimentos aumentam o risco de desfechos adversos em saúde como: obesidade, diabetes tipo 2 e todas as causas de mortalidade nesse contexto.


Um estudo prospectivo publicado nesse início de 2023 no Lancet, traz dados novos e atualizados desse consumo com o desenvolvimento do câncer e relação com a mortalidade câncer específica. Foram avaliados mais de meio milhão de pessoas entre 40 e 69 anos no Reino Unido, Escócia e Wales entre 2007 a 2010, com análises multivariadas de outros hábitos de vida para minimizar os viéses de outros fatores de risco relacionados ao diagnóstico oncológico.


Dos resultados a média de consumo diário na população avaliada, dos alimentos ultra-processados, foi de 22,9% e o maior consumo foi observado em pessoas mais jovens e menos propensas a terem história familiar de câncer.


Em um acompanhamento de quase 10 anos, foram identificados quase 16 mil novos casos de câncer. Na análise entre os participantes o aumento do consumo de ultra-processados diário estava relacionado ao aumento do diagnóstico de câncer geral.


Outro dado expressivo foi a associação de aumento da mortalidade câncer específica na população com câncer de mama e ovário. Estima-se que temos um aumento de 16% de mortalidade para mulheres com câncer de mama relacionado a cada 10% de aumento de consumo de ultra-processados e para ovário esse número atinge 30% de maior probabilidade a cada aumento.


Precisamos sim falar em mudança de hábitos de vida e do padrão alimentar atual da sociedade.



Dra Priscila Morosini & Dra Thamyse Dassie


DOI: [https://doi.org/10.](https://doi.org/10. "‌")1016/j.eclinm.2023.101840


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