As próteses de silicone não aumentam o risco de câncer de mama e também não impedem a realização da mamografia - principal exame de rastreamento da doença.
Porém existe um tipo muito raro de linfoma, chamado linfoma anaplásico de grandes células, que está associado aos implantes mamários, com pouquíssimos casos descritos no mundo. Na sigla em inglês ele é conhecido como BIA-ALCL. Ele costuma aparecer na cápsula que se forma em torno da prótese e não no tecido mamário.
O BIA-ALCL ocorre por uma resposta anormal do sistema imunológico ao silicone (corpo estranho). A maioria dos casos descritos ocorreu após 8 anos da colocação da prótese e se apresentou com inchaço da mama pelo acúmulo de líquido em torno do implante (seroma). Essa doença parece estar mais associada a um tipo específico de prótese, as texturizadas, mas também pode ocorrer com próteses lisas.
O tratamento costuma ser realizado com cirurgia, com a retirada do implante e da cápsula, com chance de cura próxima a 100%.
Dra. Thamyse Dassie | Mastologista e Ginecologista
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